Vigilância Ativa: Uma alternativa no Câncer de Próstata de Baixo Risco

Dr. Alexandre Sato 29 Julho

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Vigilância Ativa: Uma alternativa no Câncer de Próstata de Baixo Risco Médico Especialista

O câncer de próstata é a principal neoplasia que afeta o homem e a principal maneira de fazer o diagnóstico precoce é através da rotina que todo homem deve fazer a partir dos 50 anos ou a partir dos 45 anos quando possui algum histórico familiar.

Após o diagnóstico do câncer de próstata dividimos em grupos de risco usando para essa classificação o PSA, Toque Retal e resultado da biópsia.

Nos pacientes com câncer de próstata de baixo risco e muito baixo risco, ou seja, pacientes com PSA < 10 ng/dL, toque retal normal ou com pequeno nódulo e até 3 fragmentos positivos com ISUP 1 ou Gleason 6, a vigilância ativa é o principal tratamento para esses pacientes.

E como é feito essa vigilância ativa?

A vigilância é realizada através de consultas periódicas, no qual realiza o toque retal e o dosa o PSA.

Entre 6-12 meses da primeira biópsia é realizada uma nova biópsia confirmatória e as novas biópsias são realizadas a cada 3-5 anos ou se houver alguma alteração importante nos exames ou na ressonância magnética.

E quais critérios são utilizados para sair da vigilância ativa?

Os critérios que utilizamos para retirar o paciente da vigilância são os mesmos que usamos no acompanhamento, ou seja, se tiver um aumento importante de PSA, alteração no toque retal ou piora do padrão da biópsia esse paciente não é mais candidato a vigilância ativa necessitando algum outro tratamento como a cirurgia ou a radioterapia.

O paciente pode sair da vigilância ativa a qualquer momento mesmo não apresentando piora dos parâmetros.

A vigilância é segura?

Sim, temos dados de literatura que 50% dos pacientes em vigilância permanecem em acompanhamento em 5 anos e dos pacientes que saíram da vigilância a parte oncológica não foi prejudicada.

A vigilância ativa acaba por adiar o tratamento para alguns pacientes com boa segurança oncológica e podendo assim postergar as possíveis consequências do tratamento como a disfunção erétil e a incontinência.

Se você encaixa-se nesse perfil converse com seu urologista sobre o Active Surveillance ou Vigilância Ativa.